Mas afinal, o que é a Ludodanza?

Um método lúdico, onde cada um descobre o ritmo, o som, a música de sua essência em diversas etapas de vivência em grupo.

A ludodanza, muito mais que coreografia exata, é expressão, movimento, relaxamento e partilha de vida. É a busca do equilíbrio e do encontro.

Uma espiritualidade que se revela no sagrado e no voluntariado. 

 

De onde veio esta idéia?

A base norteadora de nosso trabalho é o sistema preventivo de Dom Bosco. A dança quer proporcionar ao jovem uma experiência de confiança recíproca entre seus membros. Para acontecer essa experiência, é importante que ele assuma o programa de vida elaborado pelo grupo. Em nosso trabalho, asseguramos também alguns pressupostos filosóficos de leigos que desenvolvem um trabalho educativo corporal, que se afinam com a nossa proposta.

Maria fux, dançarina, autodidata, acredita na DANÇA DA VIDA. Segundo ela, sua experiência com a dança não tem regras fixas e os limites se expandem de forma permanente, de acordo com as necessidades que vai compreendendo através dos grupos.

Fayga, artista plástica autodidata, nos diz: "Toda forma, é uma forma de comunicação ao mesmo tempo que forma de realização". Segundo ela, no ser consciente há um fazer intencional e cultural em busca de conteúdos significativos, importantes ou necessários para alcançar certas metas de vida.

Nestes pontos estão interligados a nossa proposta de trabalho corporal:

O afeto - é o espaço de aconchego que o jovem encontra no grupo e expõe seus problemas e conquistas. É o espaço de nutrição para a solidão, o seu protetor. (Amorevolezza*)

A autonomia - é o seu crescimento como pessoa e descoberta de sua identidade. Respeito ao outro e uma sadia dependência - solidariedade: preciso de você para crescer. (Razão*)

A intencionalidade - é a resposta crítica diante da vida, o encontro e o confronto, a criatividade na busca do sentido da própria vida. (Religião*)

Como vemos, vamos construindo redes invisíveis de intenções e pretextos para nos encontrarmos. Não é uma rede fechada, mas temos os nossos códigos comuns, que são chamados de redes narrativas. Contamos histórias com o nosso corpo. Nossa dança lê-se pelos gestos, dança-se o que não se ensaia, fala-se o que se sente. Eis porque se faz necessário um clima de família. Aqui pensa-se alto.

   

Ludodanza 2010